tag:blogger.com,1999:blog-50130782556159946712024-03-14T01:45:42.083-03:00Revista PausaAlessandro Atanes, ensaísta, autor de "Esquinas do Mundo: Ensaios sobre História e Literatura a partir do Porto de Santos"http://www.blogger.com/profile/05793576472627767289noreply@blogger.comBlogger904125tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-56812150488285280082019-07-29T21:41:00.000-03:002019-07-29T21:41:42.876-03:00FEIJOADA À BRASILEIRA
Vitrine brasileira (Fotografia de Márcia Costa)
Por Ademir Demarchi
concerto antropofágico voluptuoso
cozido em j’acuzzi com tudo boiando
crescendo e sempre aumentando
traços de dna do bispo sardinha
de cabral de martim afonso e de caminha
a perna do roberto carlos
do bolsonaro os murchos falos
o botox da marta suplicy
as pestanas do junior amaury
as pelancas da ana maria braga
uma parte Márciahttp://www.blogger.com/profile/15944141090623878529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-4213600949831540612018-12-17T11:22:00.000-02:002018-12-17T13:10:38.191-02:00Natureza morta
Nas areias de Praia Grande, onde Patrícia Galvão viveu na década de 40, em performance da atriz Maíra de Souza
(Foto: Márcia Costa)
Solange Sohl
(pseudônimo de Patrícia Galvão)
Os livros são dorsos de estantes distantes quebradas.
Estou dependurada na parede feita um quadro.
Ninguém me segurou pelos cabelos.
Puseram um prego em meu coração para que eu não me mova
Espetaram, Márciahttp://www.blogger.com/profile/15944141090623878529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-43207520162950048102018-09-06T20:24:00.000-03:002018-09-25T12:35:54.404-03:00 O Capitão da Praça da Guerra - as vidas e obras de um capitão de asfalto
Por Adauto Nogueira
“A Carranca” foi feita em folha seca de coqueiro e foi um presente para o dono do estabelecimento que o nosso herói mora
Essa é uma história de violência. Agora vai de você, leitor, saber atentar para o que se deve e interpretar o que realmente importa. É fácil demais se perder numa história como esta, principalmente se suas lentes foram forjadas no caldo vil do Márciahttp://www.blogger.com/profile/15944141090623878529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-44393148600613360902018-08-30T19:27:00.001-03:002018-08-30T19:49:43.306-03:00Os alicerces de uma vocação
Edição-estilização a partir de foto de Neide Carlos - Arquivo JCNET
Por Guilherme Reis Mantovani
Lúcia Moratto estica um pano alvo bordado com detalhes rubros, macio feito algodão, sobre a mesa de centro. Delicadamente, mas com experiência nas mãos ágeis, repousa uma pequena taça dourada, coberta também com um pano. Ao lado, descansa outra taça, gêmea à anterior; estaMárciahttp://www.blogger.com/profile/15944141090623878529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-78812222663428906672018-08-19T20:56:00.001-03:002018-08-20T16:51:22.087-03:00
Mário Martinez e seus riscos poéticos
“risco”, plaquete (pequeno livreto) lançada este ano por Mário Martinez, reúne alguns dos seus novos poemas e caligrafias. Antes publicou “Banalidades” (2003) e “Semibreves” (2010), ambos livros de poesia.
A poesia de Mário Martinez também ocupa os palcos. Em Experimento o artista reinventa seus poemas e canções explorando Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-53942710978895305662018-08-19T20:33:00.000-03:002018-08-19T20:39:54.478-03:00
Ao mestre Jean Pierre, com carinho
Pode ser que os muito avessos à academia vejam com estranheza essa postagem da Pausa. Mas a verdade é que as fronteiras entre arte e academia deveriam ser mais fluidas, e o texto abaixo demonstra uma tentativa criativa de quebrar tais barreiras entre estes dois campos. É um trabalho do aluno Luciano Antonio Siqueira, resultado Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-79119570467580560132018-06-22T18:19:00.000-03:002018-06-22T18:19:00.397-03:00Na esperança de um riso: o beija-flor
Foto: Leodoro
Leodoro
Todo dia, depois de acordar,
quando o sol está bonito e quando não está, tenho o costume de olhar pela
janela da sala o jardinzinho aqui de casa. As roseiras ladeadas por acantáceas
e torenias que repousam à sombra do jasmim-manga. Descanso os olhos nessa visão
segurando a habitual terceira ou quarta xícara de café antes do meio dia. E lá
vem ele: o beija-flor.
Márciahttp://www.blogger.com/profile/15944141090623878529noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-44560167207104280252018-06-18T17:47:00.000-03:002018-06-18T17:47:07.145-03:00Olho virado pra dentro - VIDEOPOEMA
Por Julia Pascoal
Márciahttp://www.blogger.com/profile/15944141090623878529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-18375076438169849372018-05-02T12:18:00.000-03:002018-05-03T11:54:07.979-03:00O Esquerdopata - LITERATICES
Foto: Márcia Costa
Por Jean Pierre Chauvin
Não se decide ser de esquerda. Torna-se. E por que ser de esquerda pressupõe autocrítica, significa transformação constante. Seria um contrassenso cultivar pensamentos como se fossem dogmas. Para isso há os fanáticos (não só os religiosos) e aqueles que acreditam em pseudomitos, inclusive na falácia meritocrática.
Digo o óbvio, sei bem, Márciahttp://www.blogger.com/profile/15944141090623878529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-54783611041090617772018-04-16T16:07:00.002-03:002018-04-16T16:08:28.160-03:00Uns e outros
Foto: Márcia Costa
Por Juremir Machado
Somos milhões de uns. Somos também milhões de outros. Uns
dançam. Outros bailam. Uns assobiam. Outros chupam cana. Uns fazem. Outros
acontecem. Uns criam. Outros editam. Uns vão para a cadeia por indícios. Outros
ficam no Senado com fartura de provas. Uns vão em cana. Outros vão para as
Minas e Energia. Uns são derrubados graças a pretextos Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-78620043107197812362018-04-15T20:06:00.000-03:002018-04-15T20:06:24.211-03:00Sorte grande - ZONA DE LEITURA
Ilustração: W.A.
Por Luiz Roberto Guedes
Enquanto foi servidor público, Adalberto Alves Brito tinha exata noção do quanto era desimportante para “seu banco”. Um bagrinho. Tanto que o gerente de conta, José Manuel, apenas apurava seus caraminguás na tela do computador, e mal olhava para ele, sentado lá, impersonalizado, insolvente, pedindo empréstimo em tempo de Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-70849828317255662592018-01-19T11:58:00.002-02:002018-01-19T11:58:36.874-02:00Amortalha - Contos de Matheus Arcaro
Por
Osvaldo Felix da Silva
Extrair
o diferente do mesmo é uma tarefa que demanda um senso agudo de observação, um
empenho de lucidez capaz de sondar aspectos do comportamento individual e
social e penetrar no âmago da dispersão moral de nossa época. Assim, os 21
contos de Amortalha, terceiro livro de Matheus Arcaro, podem ser lidos como
variações de um mesmo tema, vida e morte, numaAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-42379790349452231582017-12-11T20:09:00.002-02:002017-12-11T20:17:25.454-02:00M. R. A.- LITERATICES
Brett Walker
Por Jean Pierre Chauvin
“Never, never, never,
never.
Never met a girl like you
before” (Edwyn Collins)<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]-->
Sete de dezembro de 1997, por volta da zero hora. Os dois
amigos estavam no antigo Matrix, rua Aspicuelta. Haviam conseguido uma
mesa no pavimento superior, cercados por vinis e garrafas nas paredes.
O bar Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-42664325160557183792017-11-23T17:01:00.003-02:002017-11-23T17:05:47.394-02:00Donativos - LITERATICES
Pintura de Claire Fletcher - The Black Winkle Studio
Por Jean Pierre Chauvin
Tinha saído apressada, “talvez a chuva”. Cruzou a avenida em diagonal (antes que pedestres paguem pela infração, atualíssima, de atravessar logradouros fora da faixa), a economizar tempo sobre o piche. Era a terceira vez que voltava ao sebo em vinte e sete dias. Estava ansiosa.
Aprumou a mochila nas Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-80216545578960126722017-11-04T14:46:00.000-02:002017-11-04T14:46:14.310-02:00Abismático - MARINANDO PALAVRAS
Luiz Brás
Por Marina Ruivo
Sabendo de quem é o conto e do gosto do autor, Luiz Brás, por realidades futuras, pós-humanas, já podemos ter alguma ideia do que iremos ler. Mas “O índio no abismo sou eu” é absurdamente surpreendente. E maravilhoso.
Logo ao início, começamos a perceber que a estranha realidade que nos é apresentada em primeira pessoa deve ser um pesadelo, sonho, alucinaçãoAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-48711218739347992962017-10-30T10:35:00.000-02:002017-10-30T10:35:26.939-02:00As revoluções somos nósPor Flávio Viegas Amoreira
Cartaz do poeta Vladimir Maiakovsky: “Ucranianos e russos gritam – Não haverá senhor sobre o trabalhador, Milorde!”
Novembro de 1917: da Rússia o mundo foi abalado em seus alicerces de conformismo com a
ordem burguesa. A Revolução de Lênin e Trotsky foi segundo grande questionamento de
privilégios e da opressão de classes: anunciava-se o sonho socialista real com a Alessandro Atanes, ensaísta, autor de "Esquinas do Mundo: Ensaios sobre História e Literatura a partir do Porto de Santos"http://www.blogger.com/profile/05793576472627767289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-63649332966176041992017-10-18T23:10:00.000-02:002017-10-18T23:12:57.782-02:00Sobre a Doce Jaca do Cemitério - ZONA LITERÁRIA
Por Luiz Cancello
É difícil fazer uma apreciação do novo livro de Manoel Herzog. Teriam de caber num mesmo balaio: o trabalho, a bandidagem, a dança e o samba, o composto, o branco e o preto (yin-yang?) e a jaqueira do cemitério. Somos todos maníacos para achar uma unidade na complexidade do universo. Nessa busca insana foram derrotados físicos, filósofos e alquimistas. Agora é a minhaAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-91741136282082921342017-10-02T09:07:00.003-03:002017-10-02T09:08:25.221-03:00O copo - LITERATICES
Fotografia: Vivian Maier
Por Jean Pierre Chauvin
Era um copo como qualquer outro (circular, borda mais larga que o fundo, feito de papel), cheio até a boca com suco, “cem por cento natural”, de laranja. O sujeito tomou um gole, o segundo, e outros mais, até se fartar do sumo.
Como carregava o smartphone numa mão e o recipiente alaranjado em outra, passou a cogitar um modo deAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-19862926319915939742017-10-02T08:49:00.000-03:002017-10-02T08:53:16.481-03:00 O fim do pacto de 1988 - ZONA DE LEITURA
Fotografia: Heber Souza Santos
Por Mario Gochi
Após o golpe de 1964, que significou uma grave ruptura da na então frágil democracia brasileira, embalado que foi pelos ventos da guerra fria, no Brasil se travou uma dura luta pela redemocratização, ao custo de muito sacrifício e de sangue. Silenciosamente o regime que sobreveio do golpe se valeu dos mais perversos expedientes que a Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-4010642843356326932017-09-12T23:39:00.000-03:002017-09-12T23:41:29.588-03:00Exclusividade - LITERATICES
Christophe Agou
*LIFE BELLOW*
Por Jean Pierre Chauvin
Pra pesquisar acesse o G****
Pra namorar agende no T****
Pra almoçar clique no I****
Pra (se) alienar acesse o N*****
Pra se emocionar, vá ao C*******
Fingir interesse? Fique em longas filas
Pra se locomover, peça um U***
Fingir superioridade? Repita: “me-ri-to-cra-cia”
De asterisco em asterisco
O que era gente vira ciber
E o que já Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-29276098655284661352017-09-05T13:38:00.000-03:002017-09-05T13:38:28.099-03:00João e Maria - Dúplice coroa de sonetos fúnebres - ZONA LITERÁRIA
Por Manoel Herzog
Se eu tivesse capacidade pra crítica arriscava uma teoria literária: vivemos, nos anos dourados dos governos socialistas, um momento de expansão, autoestima nacional elevada, produção de bens de consumo e consumo destes bens por quem nunca antes etc. Hoje, na profunda depressão que o país vive, a decadência típica de uma sociedade que metaboliza as conquistas Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-8353924501398626082017-08-15T21:28:00.003-03:002017-08-15T21:28:38.642-03:00DA CAPA AO INFINITO: Não há um The End
Por Robson Di Brito
As diferentes vanguardas europeias que entraram no país trouxeram consigo suas próprias características, estéticas e peculiar visão de modernidade. O Expressionismo espalhou extremos emocionais, inquietação e espiritualidade, assim como o Cubismo em seu quebradiço emaranhado de palavras dispostas a conceber ora uma imagem, ora um sentimento. E o Futurismo, que Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-60452809718334408742017-08-08T12:39:00.004-03:002017-08-08T12:39:54.893-03:00Dos Possessivos - LITERATICES
Foto: Márcia Costa
Por Jean Pierre Chauvin
Na Maria Paula, “ – uma ajuda”
No cruzamento, fila dupla
Da Brigadeiro vou ao sebo
No retorno, já tresleio
Na descida, vibra o cinza
E, na cabeça, João Cabral
Na Maria Paula, peço um bife
E da porta, “ – uma ajuda”
Em frente a Câmara, “ – mão no bolso, e tal...”
Dentro dela, gestão do privatizar
Na avenida, “livros/2 reais”
E, na Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-48059178153839313522017-07-07T16:18:00.000-03:002017-07-07T16:18:11.500-03:00Quando a decência ganha um sufixo de interrupção - Uma leitura de DEC[AD]ÊNCIA, de Manoel Herzog.
Por Adriane Garcia
Estive por uma semana lendo o romance DEC[AD]ÊNCIA, de Manoel Herzog (Ed. Patuá, 2016). O que quer dizer que estive por uma semana rindo muitíssimo e assombrando-me diversas vezes. Como falamos aqui em Minas (eu me repetia a cada capítulo): “Tem cabimento?”
Dec[ad]ência conta a história de Sérgio, um psicólogo com fortíssimo e irreparável complexo de Édipo,Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10331731721643181385noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5013078255615994671.post-83543295277262736292017-07-05T11:59:00.001-03:002017-07-05T12:24:50.927-03:00AnselmoPor Flávio Viegas Amoreira
Prazer caleidoscópio ler MIA: tratado de sentimentalidades em forma de romance de "proesia" de
O autor e ator Anselmo Vasconcellos
Anselmo Vasconcellos: o que é afinal esse livro mistério de tanta significação para ser pensado? Encetei marcha, tropel por suas páginas de evocação, inventário geracional, painel esmiuçado dum tempo infinitesimais peculiaridades dos Alessandro Atanes, ensaísta, autor de "Esquinas do Mundo: Ensaios sobre História e Literatura a partir do Porto de Santos"http://www.blogger.com/profile/05793576472627767289noreply@blogger.com0