Por Flávio Viegas Amoreira
Conheci a jornalista Márcia Rodrigues Costa faz cerca meia década, mas só com sua incansável batalha para sua preciosa pesquisa sobre Patrícia Galvão é que estreitamos contato: solidão intelectual é uma merda terrível (não fosse esse um pleonasmo escatológico) e hoje em Santos tenho esses 2 parceiros de jornada cultural e interlocutores: Márcia e seu companheiro Alessandro Atanes. Mineira, envolveu-se com minha Santos mítica pelo seu recheio: a História, seus narradores e mestres : Pagu, Plínio Marcos e o nosso ainda vivíssimo maestro Gilberto Mendes. Acho que em comum temos mesma obsessão pelo cultivo da Arte e tesão espiritual que só a Literatura pode saciar: com Márcia e Alessandro posso discorrer / dialogar sobre Barthes, Mário de Andrade e Balzac com naturalidade com que curtimos cinema comercial ianque. A voracidade em mim é uma paixão aquietadora: preencho daquilo que me consome e transtorno escrevendo: "gosto de gostar das coisas" como dizia Andy Warhol e de almas que espelhem mesmo sentimento atlântico do mundo: meu Oceano-linguagem expande quando ganho do destino parceiros de estrada como aqueles que seguiam a jornada de Malraux e Sartre. Sua obra, "Jornalismo cultural: a produção de Patrícia Galvão no jornal 'A Tribuna'" é seu passaporte glorioso para o clube restrito de escritores de belíssima forma e altíssimo conteúdo: se Márcia Costa não existisse era preciso que Pagu reencarnada inventasse.
A seguir, trecho inicial de reportagem sobre a pesquisa de Márcia Costa escrita por Elcira Nuñez y Nuñez e publicada em A Tribuna em 04 de junho de 2008:
"Musa do modernismo antropofágico, Patrícia Galvão teve participação ativa na vida política e cultural de Santos e do País, mas sua carreira jornalística na Cidade foi pouco estudada. Com o objetivo de suprir essa carência, Márcia Rodrigues da Costa escolheu Pagu para tema de sua dissertação de mestrado em Comunicação, na Universidade Metodista de São Paulo. Elogiado pela banca, o trabalho deve virar livro, com recursos captados pela Lei Rouanet.
‘‘Queria estudar uma jornalista que tivesse trazido algo de novo, de relevância para a Cidade e para o Brasil, e Pagu nunca foi estudada como jornalista aqui na Cidade’’, conta Márcia.
Para a autora, a produção jornalística de Pagu traduz sua busca constante pela divulgação da vanguarda, a preocupação didática, a autonomia intelectual, a defesa da literatura como forma de emancipação social e o diálogo com escritores e intelectuais locais, nacionais e internacionais.
‘‘Patrícia Galvão tinha uma atitude política com a cultura, no sentido de defender a democratização da arte. Divulgava o cultivo do gosto pela leitura. Tinha uma relação íntima com a produção cultural, realizava eventos literários e performances, divulgando nomes e traduzindo autores de nomes então pouco conhecidos no País, como Eugène Ionesco, Fernando Arrabal, Franz Kafka e Sigmund Freud, entre outros’’."
Para ler a matéria completa, clique em
http://atribunadigital.globo.com/bn_conteudo.asp?cod=358789&opr=459 (só para assinantes).
Salve, salve!
ResponderExcluirQue bom vê-los por aqui!
Grandes feras da pena e da notícia, do jornal e do verso. Marcinha, tá muito chique, héin! Atanes, não abandone o rock'n roll! E Flávio: é texto e contexto!
Gostei, vou ficar freguês.
Dêem uma olhada no meu bloguinho e... conto com as críticas dos mestres.
Abraço.
http://papolampa.blogspot.com/
"se Márcia Costa não existisse era preciso que Pagu reencarnada inventasse"
ResponderExcluirÉ isso mesmo Flávio. Conhecer a Márcia e o Alessandro foi também conhecer Santos, a sua historia a través da literatura, do arte... A Barcelona Brasileira...
aquele abraço!
MARTA MOLINA