Clarice Lispector: roteiro do insondável

Nesta quinta-feira, às 19h30, no Sesc Santos, encontro literário sobre a obra de Clarice Lispector e suas relações com a literatura contemporânea e outras linguagens artísticas. É uma reunião do espetáculo Aleluia, com Tatiana Schunk e direção de Henrique Schafer, e leitura dramática do escritor Flávio Viegas Amoreira, deste blog.

Em Aleluia, uma mulher, em uma noite de insônia, é tomada pela seguinte idéia: “hoje, talvez, seja o dia da minha morte”. O que a invade é ela própria e suas lembranças. Tece, assim, um retrato da sua vida. Da vida de qualquer um. O ator em cena é o foco do trabalho. Antes de ser uma “interpretação” é quase uma conversa segredada, como quem fala para pessoa próxima.

A leitura interpretada pelo escritor Flávio Viegas Amoreira revela as pontes da grande mestra da Literatura Brasileira com a escritura de autores como James Joyce e Virginia Woolf e com a dissolução dos limites entre gêneros como prosa e poesia. Desconstrução de obras básicas do universo claricianocomo Água Viva e a reunião de contos A legião estrangeira.

O poeta santista discorrerá sobre influência de Clarice Lispector na Novíssima Literatura Brasileira, a denominada Geração 00, e os desdobramentos do romance Uma aprendizagem ou Livro dos Prazeres e do conto Uma amizade sincera na sua própria trajetória. A leitura será homenagem ao legado de Clarice Lispector na passagem dos 30 anos de sua morte e discussão de sua herança nas Artes brasileiras na contemporaneidade.