No blog Arquipálago do Silêncio, listado aqui ao lado, o poeta Alexandre Bonafim considera uma obra-prima o monólogo Clarice Lispector: roteiro do insondável, publicado por Flávio Viegas Amoreira aqui neste blog.
Disse Bonafim: “Poema em prosa de largo fôlego, nesse texto o eu lírico dialoga com a grande escritora brasileira, revelando-lhe suas chagas, seus ossos, sua dor imensamente humana. Sentimos nesse texto um fecundo clamor da vida, como se o amor se quisesse febre sem corpo, pulsação sem pulso. O poeta deixa-se possuir pela força dionisíaca do desejo e expressa, com comoção rara, a nossa contingência, nossa humilde miséria. Entretanto, longe de lamúrias, distante do menosprezo à vida, esse texto é, pelo contrário, irrestrita aceitação de tudo o que é precário, de tudo o que é efêmero.”
Abaixo, um vídeo de celular com um trecho da leitura do monólogo realizada em 15 de agosto, pelo autor, na Pinacoteca Benedito Calixto, em Santos. Antonio Eduardo acompanha Flávio ao piano.
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