quarta-feira, 18 de março de 2009

Por Marcelo Ariel

Na cena da música independente de Santos ( e do Brasil), o NO SENSE é uma das bandas que considero mais importantes, como não vejo graus de separação entre as artes,continuo o meu pequeno mapeamento da arte e dos artistas brasileiros que atuam fora dos esquemas entrevistando a vocalista do NO SENSE...

1) Há quanto tempo existe o NO SENSE e qual é a ideologia da banda?

A banda começou em meados de 90. Essencialmente "protestar"....Falávamos sobre política, exploração dos menos favorecidos, guerras e injustiças sociais em si, também sobre temas asquerosos como amor entre leprosos, infecções hospitalares....esses eram os temas, a "ideologia" da banda.


2) Houve um grande hiato no qual vocês estiveram digamos "hibernando" ou a banda havia acabado e agora retorna, fale um pouco sobre esse período e o que motivou a volta?
Na verdade nós nunca "acabamos"... em 93 tivemos, por motivos pessoais, que dar uma pausa, que inicialmente seria de um ano...mas passado esse "um ano", estavam todos envolvidos em outros projetos....e o tempo voou....até que finalmente conseguimos todos "sintonizarmos" e estamos aí.

3) Qual o significado da música na sua vida?
A música é vital em minha vida...está presente full time...enquanto trabalho, cozinho, dirijo e etc..E claro, nas horas de lazer....mas um certo estilo, claro...que é o Rock'n'roll.....cresci ouvindo Credence, Sabbath e Rush....e cheguei aos extremos do Noise e afins....Adoro Death e black metal e diversas vertentes dentro do estilo metal. Sou até bastante eclética, mas fora do "rock" música pra mim praticamente não existe... a única exceção são os mantras védicos, pois esses falam direto ao meu coração, não tem como evitar.

4) O que é a vida para você?
Se resume em "magia", poder respirar, sentir e ela será de acordo com o uso que se fizer dela: boa ou ruim...uma sequência de atitutes de transformam tudo "lá na frente", ou seja...nada passa "em branco"...e, no meu caso, como mulher, ainda ter o privilégio de gerar outra vida...nada mais mágico que isso.

5) o NO SENSE está preparando algum novo trabalho?
Estamos fazedo novos barulhos...rsrsrsrs....cada um trazendo para a banda o que viveu nesses últimos anos...está muito bom...estou impressionada com os "meninos"....evoluíram muito musicalmente, mas não perderam a essência do bom e velho grind core! Logo gravaremos.

6) Fale um pouco sobre a participação da banda no último CARNAMETAL?
Ahhhhhhhhh...foi surreal..sempre tivemos "público" no interior de SP... só q isso se deu há 15 anos atrás...hj banda de grind não é mais novidade, mulheres no vocal tbm não...rsrsrsrs.....aí é que está!!! Que público ensandecido era aquele???? Teve hora q eu parei no palco e fiquei olhando extasiada e impressionada aquele "povo" nos prestigiando....nos apoiando.....pareciam lembrar de cada música nossa e ao final de cada uma eles vibravam!!! Foi impressionante...nos deu todo o combustível que precisávamos para seguir em frente!

Sobre o NO SENSE:

Formada em meados de 90 em Santos/SP com a finalidade de tocar grind core.

Época difícil onde o estilo não era muito difundido nem aceito, mas mesmo diante das adversidades seguiram em frente, gravando a 1ª demo tape, “Confused Mind”, que teve uma excelente recepção, tanto pelo pioneirismo, pela qualidade, e também pela peculiaridade de contar com vocais femininos. A demo tape abriu portas para inúmeros shows e chamou a atenção do selo Fucker do ABC Paulista, e em poucos meses depois gravaram o 7’EP “Out of Reality” que foi um marco na cena, já que na época gravar um disco era algo caro e ser contratado por um selo era o desejo da maioria das bandas. Além do quê, foi o primeiro registro Grind em vinil no Brasil, tendo uma excelente aceitação na Europa e Eua, esgotoando-se em pouco tempo, sendo muito procurado ainda hoje, sendo alçado ao nível de “raridade”. Em seguida, assinaram contrato com a Cogumelo Records e gravaram o LP “Cerebral Cacophony” e contando com a estrutura de divulgação da mesma saíram para divulgá-lo, contando uma excelente aceitação, fácil de se perceber pela quantidade de pessoas que nos prestigiavam em seus shows. Porém em 1993 resolveram dar uma pausa nas atividades da banda, nunca chegando a terminar, todos seguiram seus caminhos, tocando cada um em diversas bandas e projetos, alguns de grande proeminência do cenário, como Abomydogs, Heavenly Kingdom, Empire of Souls e Abuso Sonoro Em 2008, finalmente retornaram às atividades. Com a formação orignal, ou seja: Marly (vocais),Paulo (bateria) e uma pequena mudança: Morto que tocava baixo assumiu a guitarra e Ângelo o baixo. Alem de tocarem os velhos sons “grind core old school” hoje contam com um repertório novo, seguindo o mesmo padrão e as velhas influências, porém trazendo a experiência de anos de seus componentes e evolução dos mesmos.

Fonte: Página da banda no My Space.

7 comentários:

  1. NO SENSE É UMA GRANDE BANDA E TENHO QUE DIZER QUE A MARLY CONTINUA UMA GATA

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  2. Realmente a Marly sempre teve bom gosto por som. Espero que ainda escute WASP.
    SDS

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  3. Vi um show, em que ela estava grávida, foi muito louco, e com certeza ela está mais bela atualmente, não que isso importe, é apenas minha opinião.

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  4. Tive o previlégio de ir em vários shows deles, mais o que mais me marcou foi no garage, melhor época da minha vida sem duvida, onde se fazia som de verdade e sem hipocrisia, na raça como essa galera sabia e ainda sabe fazer, hoje ta um lixo tatoo virou coisa de rico e moicano virou corte de playboy, nunca pensei sentir saudade de ser visto como marginal! Beijos marly e muito sucesso,vcs são a prova viva de que o movimento enfraquece mais não morre. MONGOL

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  5. Bons tempos de No Sense ! Nunca tive a oportunidade de vêlos ao vivo,Mas concerteza o No Sense tem seu nome na história do grindcore tupiniquim,que bom voltarem,Hudson de Caraguatatuba.

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  6. Agradeço todos os coments....qto ao meu gosto musical....continuo ouvindo de Uriah Heep à Napalm...e com ctza, WASP!!!! Sempre e com todas as lembranças pertinentes!

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  7. Poxa bateu em mim aquela nostalgia de quando era adolescente e ouvia(vou ouvir de novo) bandas como esta, muito boa.

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