sábado, 20 de dezembro de 2014



Poema de Víctor Argüelles publicado na antologia virtual "Poesía contra la violencia" (http://poesiacontralaviolencia.wordpress.com/), antologia de poesia de Nadia Contreras, publicada em plataforma digital em 14/12

RUA DO MÉXICO
Tradução: Alessandro Atanes

O turvamento da água
me embaça a imagem de teu futuro.

Dou passos e o pó retorna a mim
partituras chumbadas de tua idade em sombra.

Pó e água, em frente um ao outro
são a marca exata
que falta a teu destino.

Onde encontrar apoios
para que já não sejas vermelho ao toque
ferido cobertor de letras negras.

Se levasse espelhos nesta marcha,
atalharia os olhos do sol
para desviá-lo do olhar dos que vão sem luz
vazios e caolhos do mundo;
assim teu reflexo seria margem de fé para o desamparado,
moeda de sol para o aflito,
olhar lúcido para o triste de olhar,
reflexo possível no beco da incerteza,
torna inconfundível na retina do céu.

Todos queremos encontrar agora o tópico seguinte,
límpido tópico para escrever outra história,
a que estará cifrada nas páginas futuras
para ser amuleto dos que virão.

Temos vidros em vez de céu
e a fumaça é o tecido do presságio,
aumenta no exterior das horas
quando gritas e gritamos, e todo o grito eleva
labaredas, nesta cidade labareda
neste declive de concreto
de minha cidade labareda.

A euforia do som é rio de sangue e de gente
no mês mais morto do ano
no ano mais pútrido do sistema implantado.

Haverá que recobrar os rigores
e não ir ligeiros de palavras;
haverá de cravar a ordem
nos olhos do poderoso.

Não basta o clamor,
é necessário ferir a matéria que corrompe
o sangue.

CALLE DE MÉXICO

La turbiedad del agua
me empaña la imagen de tu futuro.

Doy pasos y el polvo me regresa
partituras plomizas de tu edad en sombra.

Polvo y agua, enfrentados uno a otro
son exacta huella
que a tu destino le falta.

Dónde encontrar asideros
para que ya no seas rojo a tientas
herida manta de letras negras. 

Si en esta marcha llevara espejos, atajaría los ojos del sol
para desviarlo a la mirada de los que van sin luz
                                 vacíos y tuertos del mundo;
así tu reflejo sería orla de fe para el desamparado,
moneda de sol para el afligido,
mirada lúcida para el triste de mirada,
reflejo posible en el callejón incertidumbre,
haz inconfundible en la retina del cielo.

Todos ya queremos encontrar el renglón siguiente,
límpido renglón para escribir otra historia,
la que estará cifrada en páginas futuras
                            para ser amuleto de los que vienen.

Tenemos cristales en vez de cielo
y el humo es tejido del presagio,
aumenta en el exterior de las horas
cuando gritas y gritamos, y todo el grito eleva
llamaradas, en esta ciudad llamarada
en este declive de concreto
                     de mi ciudad llamarada.

La euforia del sonido es río de sangre y de gente
en el mes más muerto del año
en el año más pútrido de sistema implantado.

Habrá que recobrar los rigores
y no ir ligeros de palabras;
habrá de clavar la consigna
en los ojos del poderoso.

No basta el clamor,
es necesario herir la materia que corrompe.
la sangre.

Víctor Argüelles é o autor do blog Ruido rojo, mente en blanco (http://ruidorojo-menteenblanco.blogspot.mx).

0 comentários:

Postar um comentário

Os comentários ao blog serão publicados desde que sejam assinados e não tenham conteúdo ofensivo.