quarta-feira, 29 de junho de 2011


Por Marcelo Ariel

Glauco Mattoso é meu candidato ao Nobel de literatura e ponto. E não apenas pela quantidade de sonetos escritos, Glauco oxigenou o soneto e o tirou do limbo beletrista, sua obra merecia uma divulgação mais abrangente, esta coleção que será lançada hoje pela Annablume/Demônio Negro em parceria com a Tordesilhas deveria estar em todas as bancas em fascículos semanais.Os letristas de funk teriam muito o que aprender com G.M., simplicidade com profundidade, concisão,  humôr e auto-ironia são o centro da obra mattosiana. Uma verdadeiro mar de sonetos que são clássicos na forma e absolutamente inovadores na temática, a obra de G.M. é um corajoso inventário autobiográfico e uma série de manifestos anárquicos onde o desejo  anunciado está no lugar da falsa  liberdade. Parabéns! Glauco, Bocage te espera para um trago e o Brasil ainda não entendeu a lúcida, aristocrática e melancólica luz que vaza dos teus sonetos para iluminar qualquer marquise,praça,vão de ponte, rua ou avenida onde os mendigos dormem com os cães lambendo seus pés.

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