Márcia Costa
De fibra de banana, taboa, sementes, escamas de peixe e pedras brasileiras preciosas e semipreciosas é feita a biomoda da artesã Delta Sueli dos Santos Ela cria sandálias, biojóias e bolsas a partir de técnicas como macramê, crochê, trico e tear com a fibra de banana.
O trabalho é fruto da biodiversidade presente no Vale do Ribeira (litoral Sul de São Paulo), região que é a maior remanescente da Mata Atlântica do Estado de São Paulo, concentrando 40% do total desta riqueza. Foi pensando no potencial dos recursos naturais que Delta e o esposo, Denin Crivelini, criaram a marca Bananabrazil Art Natural há dez anos.
O dia-a-dia de Delta começa cedo, quando ela percorre a mata e a praia de Ilha Comprida, onde vive, descobrindo novas formas e materiais disponíveis à sua volta. Com apoio de Denin e do filho Thiago dos Santos, a matéria-prima chega sempre às mãos da artesã já pronta para uso.
Todo o trabalho da equipe é feito de maneira ecologicamente correta, a exemplo do tingimento de escamas sem utilização de processos químicos. O material extraído da banana utiliza o melhor da planta e a criação dos sapatos exige anos de investimentos e testes.
Além de auxiliar Delta nesta etapa inicial de trabalho, Denin criou equipamentos próprios para a fabricação dos produtos. Cada sandália é testada durante meses antes de ganhar o mercado. “Meu diferencial é o carinho com que desenvolvo cada peça, desde o material escolhido até o acabamento final, por isso tenho qualidade em meus produtos. Estou sempre buscando o meu aperfeiçoamento”, explica Delta.
Sempre apoiada pela forte parceria familiar, Delta parte agora para a utilização do fio de banana para produção de tecidos, resultado de muitos anos de dedicação à pesquisa. "Trabalhar com sustentabilidade é maravilhoso. Você aprende a dar mais valor a tudo, aprende que um simples mato pode se transformar em algo bonito, não deve ser extinto da natureza. Por isso tudo sou apaixonada por produtos ecológicos”.
Hoje o trabalho da Bananabrazil é referência em qualidade. Essa excelência na produção tem atraído um crescente interesse do setor público e privado pelos seus produtos. São vários os convites para que a marca participe de projetos na região e em outros estados brasileiros.
Multiplicação de técnicas
Além de enfeitar o cotidiano feminino com suas criações, o trabalho de Delta gera transformação na vida de muitas mulheres. Há um ano, a artesã ensina a utilização de fibra de banana no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Pariquera-Açu. “Já são 12 mulheres que passaram a ter uma fonte de renda utilizar de maneira adequada os recursos naturais”.
E o trabalho de multiplicação da técnica e geração de renda continua. Recentemente a Bananabrazil firmou parceria com a Associação Melbatangue, que reúne 32 artesãos em Miracatu (SP) que trabalham com fibra de banana, para desenvolvimento e comercialização de novos produtos.
Com os artesãos da Melbatangue, Delta começa este ano a desenvolver caixas de fibra de banana para uma linha especial de produtos da Natura, que encomendou a produção para a associação. O desafio para 2011 é criar um polo de moda no Vale do Ribeira, lançar uma coleção feita por muitas mãos, somente com produtos naturais, incluindo também o couro de peixe e o bordado. “Quero tentar conscientizar muitas pessoas a contribuírem para a criação deste grupo de moda com as mulheres. Quero poder mostrar a elas que juntas podemos muito, pois cada pessoa tem um dom para fazer alguma coisa, só é preciso descobri-lo e aperfeiçoá-lo”.
A proposta é que o projeto de moda divulgue o nome do Vale do Ribeira no País. “Temos muitos recursos naturais da Mata Atlântica que podem servir à criação de produtos de alta qualidade e beleza. Só precisamos conscientizar as pessoas de que na natureza nada é lixo, tudo pode ser transformado, basta boa vontade, consciência ecológica e criatividade. É um investimento importante não só para o município, mas para uma população que precisa e muito de ajuda”. Em uma região com grande potencial para criação de produtos sustentáveis como é o Vale do Ribeira, unir a arte às riquezas naturais é uma bela alternativa para o desenvolvimento.
De fibra de banana, taboa, sementes, escamas de peixe e pedras brasileiras preciosas e semipreciosas é feita a biomoda da artesã Delta Sueli dos Santos Ela cria sandálias, biojóias e bolsas a partir de técnicas como macramê, crochê, trico e tear com a fibra de banana.
O trabalho é fruto da biodiversidade presente no Vale do Ribeira (litoral Sul de São Paulo), região que é a maior remanescente da Mata Atlântica do Estado de São Paulo, concentrando 40% do total desta riqueza. Foi pensando no potencial dos recursos naturais que Delta e o esposo, Denin Crivelini, criaram a marca Bananabrazil Art Natural há dez anos.
O dia-a-dia de Delta começa cedo, quando ela percorre a mata e a praia de Ilha Comprida, onde vive, descobrindo novas formas e materiais disponíveis à sua volta. Com apoio de Denin e do filho Thiago dos Santos, a matéria-prima chega sempre às mãos da artesã já pronta para uso.
Todo o trabalho da equipe é feito de maneira ecologicamente correta, a exemplo do tingimento de escamas sem utilização de processos químicos. O material extraído da banana utiliza o melhor da planta e a criação dos sapatos exige anos de investimentos e testes.
Além de auxiliar Delta nesta etapa inicial de trabalho, Denin criou equipamentos próprios para a fabricação dos produtos. Cada sandália é testada durante meses antes de ganhar o mercado. “Meu diferencial é o carinho com que desenvolvo cada peça, desde o material escolhido até o acabamento final, por isso tenho qualidade em meus produtos. Estou sempre buscando o meu aperfeiçoamento”, explica Delta.
Sempre apoiada pela forte parceria familiar, Delta parte agora para a utilização do fio de banana para produção de tecidos, resultado de muitos anos de dedicação à pesquisa. "Trabalhar com sustentabilidade é maravilhoso. Você aprende a dar mais valor a tudo, aprende que um simples mato pode se transformar em algo bonito, não deve ser extinto da natureza. Por isso tudo sou apaixonada por produtos ecológicos”.
Hoje o trabalho da Bananabrazil é referência em qualidade. Essa excelência na produção tem atraído um crescente interesse do setor público e privado pelos seus produtos. São vários os convites para que a marca participe de projetos na região e em outros estados brasileiros.
Multiplicação de técnicas
Além de enfeitar o cotidiano feminino com suas criações, o trabalho de Delta gera transformação na vida de muitas mulheres. Há um ano, a artesã ensina a utilização de fibra de banana no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Pariquera-Açu. “Já são 12 mulheres que passaram a ter uma fonte de renda utilizar de maneira adequada os recursos naturais”.
E o trabalho de multiplicação da técnica e geração de renda continua. Recentemente a Bananabrazil firmou parceria com a Associação Melbatangue, que reúne 32 artesãos em Miracatu (SP) que trabalham com fibra de banana, para desenvolvimento e comercialização de novos produtos.
Com os artesãos da Melbatangue, Delta começa este ano a desenvolver caixas de fibra de banana para uma linha especial de produtos da Natura, que encomendou a produção para a associação. O desafio para 2011 é criar um polo de moda no Vale do Ribeira, lançar uma coleção feita por muitas mãos, somente com produtos naturais, incluindo também o couro de peixe e o bordado. “Quero tentar conscientizar muitas pessoas a contribuírem para a criação deste grupo de moda com as mulheres. Quero poder mostrar a elas que juntas podemos muito, pois cada pessoa tem um dom para fazer alguma coisa, só é preciso descobri-lo e aperfeiçoá-lo”.
A proposta é que o projeto de moda divulgue o nome do Vale do Ribeira no País. “Temos muitos recursos naturais da Mata Atlântica que podem servir à criação de produtos de alta qualidade e beleza. Só precisamos conscientizar as pessoas de que na natureza nada é lixo, tudo pode ser transformado, basta boa vontade, consciência ecológica e criatividade. É um investimento importante não só para o município, mas para uma população que precisa e muito de ajuda”. Em uma região com grande potencial para criação de produtos sustentáveis como é o Vale do Ribeira, unir a arte às riquezas naturais é uma bela alternativa para o desenvolvimento.
E viva a criatividade, sempre acreditei que o nosso pais tem muito a nos oferecer,e quem tem criatividade sabe aproveitar muito bem?
ResponderExcluirBjs bom final de semana para todos.