Alessandro Atanes
No sábado, o jornal A Tribuna publicou entrevista do ex-secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, Célio Turino, feita pelo repórter Gustavo Klein. Ao responder sobre como são criados pontos de cultura (são três mil em todo o Brasil, dois deles em santos: Arte no Dique e Fórum da Cidadania), ele revela que o Ministério depositou na conta da Prefeitura de Santos R$ 450 mil, referentes à primeira parcela para a criação de uma rede de 10 pontos de Cultura. O dinheiro não foi usado e voltou para o Tesouro Nacional.
Até aí, tudo bem. Vai ver é porquê a prefeitura injete recursos próprios em projetos culturais e não precise do dinheiro do Ministério. Mas na segunda-feira, na própria A Tribuna, a editora do caderno Galeria Vera Leon assina matéria sobre a Trupe Olho da Rua na qual os artistas do grupo se manifestam sobre o Fundo de Cultura, já sancionado pelo prefeito João Paulo Papa e que ainda não foi regulamentado. Em resposta, cito o texto: "A Secretaria Municipal de Cultura esclarece que o projeto de lei se encontra na Procuradoria, sem data ainda para a publicação do edital".
No início do ano, eu já tinha escrito sobre essa demora e lembrava que em uma entrevista de outubro, o secretário de Cultura Carlos Pinto havia colocado a culpa na Secretaria de Finanças, que não queria liberar recursos. Isso depois de em audiência pública realizada na Câmara Municipal em 01º de abril de 2009 representantes da secretaria terem afirmado que o primeiro edital sairia até o final do ano.
Não sei se o problema é recurso. Talvez a política cultural de Santos seja essa mesmo. Para quê 10 pontos de cultura na cidade, com jovens se reunindo e fazendo coisas, se a Prefeitura já apoia e abriga um grupo cultutal no Teatro Municipal? Para quê um edital público para distribuir recursos para a produção cultural, se podemos ir ao Coliseu ver um dia stand up comedy, no outro peça com globais, no seguinte uma peça infantil e depois um grande intérprete da Era do Rádio?
No sábado, o jornal A Tribuna publicou entrevista do ex-secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, Célio Turino, feita pelo repórter Gustavo Klein. Ao responder sobre como são criados pontos de cultura (são três mil em todo o Brasil, dois deles em santos: Arte no Dique e Fórum da Cidadania), ele revela que o Ministério depositou na conta da Prefeitura de Santos R$ 450 mil, referentes à primeira parcela para a criação de uma rede de 10 pontos de Cultura. O dinheiro não foi usado e voltou para o Tesouro Nacional.
Até aí, tudo bem. Vai ver é porquê a prefeitura injete recursos próprios em projetos culturais e não precise do dinheiro do Ministério. Mas na segunda-feira, na própria A Tribuna, a editora do caderno Galeria Vera Leon assina matéria sobre a Trupe Olho da Rua na qual os artistas do grupo se manifestam sobre o Fundo de Cultura, já sancionado pelo prefeito João Paulo Papa e que ainda não foi regulamentado. Em resposta, cito o texto: "A Secretaria Municipal de Cultura esclarece que o projeto de lei se encontra na Procuradoria, sem data ainda para a publicação do edital".
No início do ano, eu já tinha escrito sobre essa demora e lembrava que em uma entrevista de outubro, o secretário de Cultura Carlos Pinto havia colocado a culpa na Secretaria de Finanças, que não queria liberar recursos. Isso depois de em audiência pública realizada na Câmara Municipal em 01º de abril de 2009 representantes da secretaria terem afirmado que o primeiro edital sairia até o final do ano.
Não sei se o problema é recurso. Talvez a política cultural de Santos seja essa mesmo. Para quê 10 pontos de cultura na cidade, com jovens se reunindo e fazendo coisas, se a Prefeitura já apoia e abriga um grupo cultutal no Teatro Municipal? Para quê um edital público para distribuir recursos para a produção cultural, se podemos ir ao Coliseu ver um dia stand up comedy, no outro peça com globais, no seguinte uma peça infantil e depois um grande intérprete da Era do Rádio?
Só para acrescentar sobre o "FACULT" em reunião com o prefeito em setembro de 2009 durante o festival de teatro o prefeito se comprometeu a lançar o edital ainda em 2009,ao final de 2009 sob a justificativa que o edital não estava pronto o prazo passou para o primeiro semestre de 2009, acompanhando o processo através do "conselho de cultura" fomos informados que a secretária havia mandado o edital para a procuradoria no início de maio, eis que na reunião do conselho de abril descobrimos que na verdade o projeto deu entrada só no dia 14 de abril, indagados sobre a limitação para o lançamento de editais em ano eleitoral que só pode ser efetuado até o primeiro semestre, os representantes da secretária riram em um tom âmbar e depois verbalizaram ironicamente um ("Ah, é mesmo..."), e que após a aprovação da procuradoria o bendito edital dependeria de verba??? Num repente de sinceridade um dos representantes afirmou que a única possibilidade era prescionar diretamente o Sr. Prefeito!
ResponderExcluirCaio Martinez Pacheco
Trupe Olho da Rua
Cade os 450 mil pra cultura Prefeito?? Que sacanagem com os nossos artistas!
ResponderExcluirOs únicos pontos de cultura da cidade foram com nossas proprias mãos!
Teatro Municipal de Santos - Pagu, Rosinha - 700.000 reais para reforma - sem previsão de início e termino da obra - Projeto do Saudoso santista Oswaldão - Arquiteto Oswaldo Correa Gonçalves.
ResponderExcluirImpressionante o incentivo que recebemos para nossos pontos de cultura. Prefeito cadê os 450 mil? Governador cadê os 700 mil? que indigência cultural é essa na nossa cidade?
Numa cidade tão importante como a nossa, vivemos essa indigência cultural promovida pela politica brasileira.
O problema não está só em Santos não. Foram aprovados cem pontos de cultura em Minas Gerais no primeiro semestre de 2009 e eles não querem liberar o dinheiro nem a pau! A grana vai ficar para 2011! E que se danem as associações!
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