Soraia Melo
que trocou Santos pelo Rio
Nesse Rio que se misturam povos, ritmos e passos é possível conhecer todos os dias no mesmo ponto de uma Rua como a que estou instalada, a Silveira Martins, em frente ao antigo Palácio do Catete, histórias e olhares oriundos das mais variadas regiões brasileiras e nacionalidades.
O mesmo se estende para os outros bairros cariocas que superfaturam aluguéis, que oferecem diariamente uma programação diversificada para os espaços culturais, bem como para quem vem conferir o que há de maravilhosa nessa Cidade, o Rio de Janeiro.
Lapadas, blocos inteiros e espalhados, Monobloco, Serrinha, Moinhos, Céu da Terra, não é preciso muito para se fazer carnaval. Porém, se este movimento profano traz a festa, a brincadeira e questionam as relações de trabalho, o grupo Paideguará formado, em sua maioria, por Paraenses bebe nas memórias da infância na região norte do País, nas pesquisas de Verequete e tantos outros Mestres para apresentar as brincadeiras do carimbó, lundu e marujadas.
São ritmos e danças que traduzem a forma que o povo e a cultura brasileira encontraram para sobreviver e representar os modos de vida do índio, negro e português, desde os períodos coloniais. No carimbó, além dos dilemas de sua origem paraense ou maranhense, carrega em seus passos características dos rituais indígenas, somados ao quebrar das cadeiras das danças africanas e a beleza dos braços pertencente às danças portuguesas, numa brincadeira de conquista e fuga.
Nas apresentações e oficinas ministradas pelo grupo Paideguará no Sesc da Tijuca, durante o mês de maio, o lundu foi uma das manifestações que mais sensibilizou e atraiu olhares, já que suas principais referências são a sensualidade e as relações estabelecidas entre o casal, proporcionadas por movimentos de troca, ora circulares, outras vezes de passos quebrados que montam a figura feminina e masculina na conquista, por meio da dança.
A maior parte dos integrantes do grupo já está no Rio de Janeiro há vários anos, por isso além da forte figura original paraense o grupo assume sotaques cariocas, somado a arquitetura e diversidade encontrada em Santa Teresa. É lá que todas as quartas-feiras o grupo ensaia e troca as possibilidades de apresentar e valorizar um pouco mais as histórias e brincadeiras que o Brasil carrega em seu corpo, vozes e batuque.
O grupo é formado por Aline Castro, Bárbara Castro, Marluce Araújo, Bruno Fernandes, Leandro Floresta e Rômulo Frazão e quem chegar ao Rio e tiver curiosidade de conhecer um pouco mais do grupo e do trabalho, basta subir as ladeiras de Santa Teresa até o Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, Rua Monte Alegre, 306 Santa Tereza – RJ.
que trocou Santos pelo Rio
Nesse Rio que se misturam povos, ritmos e passos é possível conhecer todos os dias no mesmo ponto de uma Rua como a que estou instalada, a Silveira Martins, em frente ao antigo Palácio do Catete, histórias e olhares oriundos das mais variadas regiões brasileiras e nacionalidades.
O mesmo se estende para os outros bairros cariocas que superfaturam aluguéis, que oferecem diariamente uma programação diversificada para os espaços culturais, bem como para quem vem conferir o que há de maravilhosa nessa Cidade, o Rio de Janeiro.
Lapadas, blocos inteiros e espalhados, Monobloco, Serrinha, Moinhos, Céu da Terra, não é preciso muito para se fazer carnaval. Porém, se este movimento profano traz a festa, a brincadeira e questionam as relações de trabalho, o grupo Paideguará formado, em sua maioria, por Paraenses bebe nas memórias da infância na região norte do País, nas pesquisas de Verequete e tantos outros Mestres para apresentar as brincadeiras do carimbó, lundu e marujadas.
O grupo durante apresentação em abril na Praça XV
São ritmos e danças que traduzem a forma que o povo e a cultura brasileira encontraram para sobreviver e representar os modos de vida do índio, negro e português, desde os períodos coloniais. No carimbó, além dos dilemas de sua origem paraense ou maranhense, carrega em seus passos características dos rituais indígenas, somados ao quebrar das cadeiras das danças africanas e a beleza dos braços pertencente às danças portuguesas, numa brincadeira de conquista e fuga.
Nas apresentações e oficinas ministradas pelo grupo Paideguará no Sesc da Tijuca, durante o mês de maio, o lundu foi uma das manifestações que mais sensibilizou e atraiu olhares, já que suas principais referências são a sensualidade e as relações estabelecidas entre o casal, proporcionadas por movimentos de troca, ora circulares, outras vezes de passos quebrados que montam a figura feminina e masculina na conquista, por meio da dança.
A maior parte dos integrantes do grupo já está no Rio de Janeiro há vários anos, por isso além da forte figura original paraense o grupo assume sotaques cariocas, somado a arquitetura e diversidade encontrada em Santa Teresa. É lá que todas as quartas-feiras o grupo ensaia e troca as possibilidades de apresentar e valorizar um pouco mais as histórias e brincadeiras que o Brasil carrega em seu corpo, vozes e batuque.
O grupo é formado por Aline Castro, Bárbara Castro, Marluce Araújo, Bruno Fernandes, Leandro Floresta e Rômulo Frazão e quem chegar ao Rio e tiver curiosidade de conhecer um pouco mais do grupo e do trabalho, basta subir as ladeiras de Santa Teresa até o Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, Rua Monte Alegre, 306 Santa Tereza – RJ.
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários ao blog serão publicados desde que sejam assinados e não tenham conteúdo ofensivo.