Alessandro Atanes, para o PortoGente
Escrevi algumas vezes sobre o selo Dulcinéia Catadora, que publica livros de papel reciclável cujas capas são feitas de papelão comprado de catadores a preços acima do mercado e desenhadas individualmente por crianças, geralmente filhos dos catadores, o que faz de cada livro um exemplar único.
Foram publicados pelo selo nomes como Manoel de Barros, Haroldo de Campos, Glauco Mattoso, Jorge Mautner e Wilson Bueno, assassinado na semana passada. Entre os escritores que têm Santos e a Baixada Santista como residência já passaram pelo projeto Flávio Viegas Amoreira, Marcelo Ariel e Ademir Demarchi.
O projeto começou em 2003 em Buenos Aires, Argentina, com a criação da editora Eloísa Cartonera, e se espalhou pela América do Sul e México. As editoras cartoneras se espalharam pela Argentina, chegando a Córdoba (Textos de Cartón) e Neuquén (Cartonerita Solar), e quase todo o continente Uruguai (La Propia Cartonera), Chile (Animita Cartonera e La Cizarra Cartonera), Paraguai (Felicita Cartonera e Yiyi Yambo), Bolívia (Mandrágora Cartonera, Yerba Mala Cartonera e Nicotina Cartonera), Equador (Matapalo Cartonera), Colômbia (Patasola Cartonera), Peru (Sarita Cartonera) El Salvador (La Cabuda Cartonera) e México (Santa Muerte Cartonera, La Cartonera, La Ratona Cartonera e Regia Cartonera), além de mais uma no Brasil, a Katarina Kartonera, em Florianópolis.
A ideia atravessou o Atlântico e desembarcou no segundo semestre do ano passado na Alemanha, onde mais uma editora cartonera, a PapperLapPapp, publicou uma coletânea cartonera trilíngue (espanhol, português e alemão) da qual faz parte Ariel.
Tudo isso é para comentar um novo desdobramento do projeto, o livro e DVD H2Horas, uma antologia que começou on line, no Café Literário do portal de literatura Cronópios, onde foi sugerido para que os colaboradores do site escrevessem textos com temas relacionados à passagem do tempo. Daí, conta o editor do site, Pipol, veio a ideia de convidar escritores para uma edição dos textos em formato livro em conjunto com a Dulcinéia Catadora: o livro, nos mesmos moldes artesanais, traz os textos e o DVD um documentário feito por Pipol e Egle Spinelli sobre como funciona a editora.
Convite eletrônico para o lançamento de H2Horas
Entre os autores reunidos em H2Horas está Flávio Viegas Amoreira:
Referência:
Vários autores. H2Horas. Organização Pipol. São Paulo: Cronópios e Dulcinéia Catadora, 2010.
Escrevi algumas vezes sobre o selo Dulcinéia Catadora, que publica livros de papel reciclável cujas capas são feitas de papelão comprado de catadores a preços acima do mercado e desenhadas individualmente por crianças, geralmente filhos dos catadores, o que faz de cada livro um exemplar único.
Foram publicados pelo selo nomes como Manoel de Barros, Haroldo de Campos, Glauco Mattoso, Jorge Mautner e Wilson Bueno, assassinado na semana passada. Entre os escritores que têm Santos e a Baixada Santista como residência já passaram pelo projeto Flávio Viegas Amoreira, Marcelo Ariel e Ademir Demarchi.
O projeto começou em 2003 em Buenos Aires, Argentina, com a criação da editora Eloísa Cartonera, e se espalhou pela América do Sul e México. As editoras cartoneras se espalharam pela Argentina, chegando a Córdoba (Textos de Cartón) e Neuquén (Cartonerita Solar), e quase todo o continente Uruguai (La Propia Cartonera), Chile (Animita Cartonera e La Cizarra Cartonera), Paraguai (Felicita Cartonera e Yiyi Yambo), Bolívia (Mandrágora Cartonera, Yerba Mala Cartonera e Nicotina Cartonera), Equador (Matapalo Cartonera), Colômbia (Patasola Cartonera), Peru (Sarita Cartonera) El Salvador (La Cabuda Cartonera) e México (Santa Muerte Cartonera, La Cartonera, La Ratona Cartonera e Regia Cartonera), além de mais uma no Brasil, a Katarina Kartonera, em Florianópolis.
A ideia atravessou o Atlântico e desembarcou no segundo semestre do ano passado na Alemanha, onde mais uma editora cartonera, a PapperLapPapp, publicou uma coletânea cartonera trilíngue (espanhol, português e alemão) da qual faz parte Ariel.
Tudo isso é para comentar um novo desdobramento do projeto, o livro e DVD H2Horas, uma antologia que começou on line, no Café Literário do portal de literatura Cronópios, onde foi sugerido para que os colaboradores do site escrevessem textos com temas relacionados à passagem do tempo. Daí, conta o editor do site, Pipol, veio a ideia de convidar escritores para uma edição dos textos em formato livro em conjunto com a Dulcinéia Catadora: o livro, nos mesmos moldes artesanais, traz os textos e o DVD um documentário feito por Pipol e Egle Spinelli sobre como funciona a editora.
Convite eletrônico para o lançamento de H2Horas
Entre os autores reunidos em H2Horas está Flávio Viegas Amoreira:
As galáxias badalam pelas ruas fazendo de cada esquina acasos dum cuco cósmico. Eu te encontrei num ponto de uma esfera que não tem décimo dum milionésimo de segundo. Mas nosso relógio íntimo, meu anjo, só tem ponteiros apontando infinitos...
Referência:
Vários autores. H2Horas. Organização Pipol. São Paulo: Cronópios e Dulcinéia Catadora, 2010.
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